Tipos de poluição

A poluição sonora

 Os efeitos da poluição sonora no organismo dependem da intensidade do som e do tempo de exposição a ele. Por exemplo, uma pessoa exposta por meia horaa um som de 100dB (decibéis) - som de uma buzina muito alta, uma britadeira ou um ônibus - pode ter uma perda leve da audição. Nesse nível, há alterações no ouvido que provocam zumbidos. Em pouco tempo, a audição volta ao normal. Se o som for mais intenso e a exposição prolongada, o indivíduo poderá ter sua audição reduzida de forma irreverssível.
 A poluição sonora não afeta somente a audição, já que a exposição a sons muito altos também gera estresse e favorece distúrbios cardíacos, emocionais, gástricos, entre outros.
 Para solucionar, ou pelo menos minimizar esse problema, algumas medidas podem ser tomadas, como promover campanhas educativas para que os motoristas só buzinem quando for estritamente necessário, não usem escapamento aberto e não deem freadas violentas; obrigar o uso de tampões de ouvido para pessoas que trabalhem em locais muito barulhentos; conservar e ampliar as áreas verdes, pois elas funcionam como isolantes do som, entre outras que contribuem para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

A poluição térmica

 Poluição térmica é oriunda do aquecimento das águas naturais pela introdução da água quente utilizada na refrigeração de centrais elétricas, usinas nucleares, refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas.
 Sabe-se que os peixes necessitam de oxigênio (O2) dissolvido na água para sobreviverem. A quantidade de O2 é afetada pela água aquecida, uma vez que, a solubilidade de um gás em um líquido diminui à medida que a temperatura aumenta. Portanto, uma água fora dos padrões naturais de temperatura é considerada poluída, imprópria a toda espécie de vida.
 Peixes mortos são frequentemente encontrados nas encostas de rios poluídos termicamente. O que fazer diante deste desastre ecológico? A solução para o problema seria mudar os procedimentos usados pela Indústria. Uma alternativa, seria armazenar a água aquecida eliminada durante o processo até que a mesma estivesse em temperaturas inferiores, para só então, lançá-la nos rios.
 Outro agravante do problema é a junção da água poluída por resíduos químicos com a água quente, aí teremos tanto a poluição aquática como a térmica. Com certeza não haverá vida neste meio, e é assim que a cada dia nossos rios vêm sendo progressivamente agredidos pelo homem.

A poluição do ar

 Dois poluentes relacionados à queima de combustíveis fósseis, o gás carbônico e o material particulado, causam grandes riscos à saúde humana. Há estimativas da Califórnia de que 3 mil mortes no estado são causadas anualmente por inalação de material particulado e cerca de 60 mil a 200 mil casos de infecções respiratórias são causados por inalação de material particulado e gás carbônico. Os poluentes atmosféricos não afetam apenas as pessoas das grandes cidades. São levados pela ação do clima a outras regiões e se depositam sobre o solo e a água, causando a sua acidez. esse problema só pode ser contornado mediante a imposição de medidas drásticas pelos governos, que devem ser planejadas com a sociedade, visando à diminuição da emissão de poluentes atmosféricos. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, realiza-se a Operação Rodízio, que visa diminuir os níveis de emissão de poluentes originários da queima de combustíveis dos automóveis. Essa operção de iniciativa governamental permitiu a redução da emissão dos poluentes e obteve sucesso graças à adesão dos cidadãos motorizados, que podemos apelidar também de consumidores cidadãos.
 Um consumidor consciente pode promover algumas medidas para minimizar a poluição do ar, optando por hábitos, como:
⦁ escolher um local de moradia que minimize sua necessidade de transporte para consecução de atividades diárias;
⦁ optar por um veículo que seja menos poluente;
⦁ estabelecer metas concretas de redução de viagens;
⦁ sempre que possível, optar por caminhar, andar de bicicleta, ou utilizar transporte público ou táxi.

A poluição por elementos radioativos

 A Poluição Radioativa ou Nuclear designa a poluição gerada pela radiação (materiais radioativos). É considerada o pior tipo de poluição, posto que é a mais perigosa para o planeta. As substâncias radioativas podem ser naturais ou artificiais.
 A poluição radioativa surge pela energia nuclear ou atômica produzida pelas usinas nucleares. O tipo de lixo gerado é chamado de lixo radioativo ou nuclear.
 Um bom exemplo de poluição radioativa são as bombas nucleares sendo o principal componente combustível o urânio. Além dele, outros gases e elementos tóxicos são liberados durante os acidentes nucleares: estrôncio, iodo, césio, cobalto, plutônio.
 Alguns dos acidentes nucleares mais conhecidos é o Acidente de Chernobyl, ocorrido em 1996 na Ucrânia. Ainda podemos citar as Bombas atômicas que atingiram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki durante a segunda guerra mundial.
 Ambos trouxeram consequências negativas para a humanidade (morte e proliferação de doenças), além de alertar o mundo sobre a poluição mais terrível do mundo.
 As causas fundamentais para o desenvolvimento da poluição radioativa são provenientes principalmente das Usinas Nucleares.
Embora possam gerar uma das mais perigosas poluições do planeta, a radioatividade tem sido útil para o homem, de forma que alguns átomos dos elementos químicos são utilizados para a cura de doenças, por exemplo, nos casos de câncer (radioterapia) e no uso dos raios X.
Outros benefícios da energia radioativa são a conservação de alimentos e eliminação de insetos e de bactérias, além de serem utilizadas no desenvolvimento de indústrias e pesquisas na área.
 Ademais, trata-se de fonte de energia de alto rendimento que tem sido cada vez mais utilizada no mundo, donde 16% de toda a energia elétrica produzida no mundo é gerada pelas Usinas Nucleares.
 Por sua vez, os efeitos radioativos nos seres humanos podem trazer consequências malignas como o desenvolvimento de deficiências, mutações gênicas e diversas patologias, uma vez que essa energia produz elementos tóxicos para nosso organismo.
 Por isso, a principal solução para o problema da radioatividade são os cuidados e conhecimentos sobre os elementos químicos, os quais devem ser manuseados de maneira consciente sobretudo, pelas Usinas nucleares.
 Destarte, as principais doenças geradas pela radiação são: deformidades crônicas, problemas respiratórios e de circulação, envenenamento, diversos tipos de câncer, perturbações mentais, infecções, hemorragias, leucemia, anemia, catarata, dentre outros.
 Além de atingir os seres humanos, a poluição radioativa contamina a fauna e flora do planeta, os quais resultam no desequilíbrio do ambiente terrestre. Vale lembrar que, diferente dos outros tipos de poluição, a poluição radioativa é mais impactante uma vez que não existem técnicas de “limpeza”.
 Para que a poluição radioativa não cause mais impacto no ecossistema terrestre, algumas soluções podem resultar: o correto e consciente manuseio, diminuição dos testes nucleares, monitoramento e descarte dos resíduos nucleares, limitação do uso de raios X, dentre outros.

A poluição por substâncias não biodegradáveis

 As indústrias e usinas vêem lançando, nas baias e nos rios, um grande número de produtos tóxicos, como metais pesados, pesticidas, detergentes, petróleo, entre outros. Esses produtos não podem ser decompostos pelos organismos, ou então são lentamente decompostos. Por isso acumula-se nos corpos dos seres vivos, causando doenças aos organismos que habitam na água, destruindo as formas de vida aquático(no caso, causa morte, além de poluir a água, embora esses dois fatores estejam ligados).
 Usaremos de exemplo para esse fator, um acontecimento ocorrido no Japão, em 1953, quando uma indústria lançou na baía de Minamata, resíduos de mercúrio, usados com catalizador. Os peixes e moluscos foram contaminados e o mercúrio passou para a população que alimentava-se desses animais, depositando principalmente no sistema nervoso. Cerca de 120 pessoas foram levadas para centros médicos, com lesões visuais, com paralisias e lesões cerebrais, e 4 foram mortos. Até hoje esse problema predomina, talvez até em maior escala.

A poluição por derramamento de petróleo

 É um tipo grave de poluição marinha causada pelo vazamento de petróleo de navios ou plataformas. É considerado um dos mais graves e problemáticos acidentes ambientais em águas marinhas.
 Podem ocorrer por: vazamentos em tubulações nas plataformas de petróleo instaladas em alto mar; Vazamentos de petróleo em navios petroleiros; Lançamento no mar de água utilizada na lavagem de tanques (reservatórios) de petróleo dos navios petroleiros.
 O petróleo pode atingir diretamente as aves marinhas, levando-as à morte. O mesmo problema pode ocorrer com animais marinhos como, por exemplo, focas, tartarugas e leões marinhos. Quando ocorre o vazamento, o petróleo fica na superfície da água marinha, formando uma densa camada. Esta impossibilita a penetração dos raios solares, dificultando a fotossíntese de várias espécies de algas. Quanto atinge os mangues, o petróleo polui e contamina o ecossistema, provocando a morte de espécies vegetais e animais. Como os manguezais são áreas de procriação de determinadas espécies animais, a reprodução deles também é gravemente afetada. Em alguns casos, o petróleo pode atingir as praias, contaminando extensas faixas de areia, deixando-as impróprias para os banhistas. Nestes casos, todo o setor turístico de uma região pode ser afetado, trazendo prejuízos econômicos.

A poluição por eutrofização

Em ecologia, chama-se eutrofização ou eutroficação ao fenômeno causado pelo excesso de nutrientes numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas. Estas, por sua vez, fomentam o desenvolvimento dos consumidores primários e eventualmente de outros elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuição do oxigênio dissolvido, provocando a morte e consequente decomposição de muitos organismos, diminuindo a qualidade da água e eventualmente causando alteração profunda do ecossistemas. O excesso de nitratos lixiviados também promove a ocupação por plantas superiores onde estas geralmente não ocorriam, e dessa forma também sufocam ambientes anteriormente equilibrados.

A poluição por lixo

 Além da poluição física de extensas áreas de solo destinadas a aterros sanitários, existem muitas áreas tomadas por lixões, onde o depósito contínuo de lixo sem tratamento algum pode levar à contaminação de lençóis freáticos, rios e lagos, pelo escoamento do chorume e outras substâncias tóxicas provenientes da degradação do lixo.
 O uso de incineradores com filtros desajustados pode levar à liberação de grandes quantidades de poluentes no ar.

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